No ambiente escolar, o cálculo mental ainda não é tão valorizado quanto a conta armada. No entanto, um raciocínio que pode parecer desorganizado, na verdade, pode estar apoiado em propriedades das operações e do sistema de numeração e deve ser incentivado já nas séries iniciais.
Existem quatro maneiras de resolver as
contas que diariamente aparecem na nossa frente: usando a calculadora,
estimando o resultado com base em referências e em experiências anteriores,
fazendo a conta ou usando o cálculo mental. Em atividades profissionais,
geralmente os adultos usam a calculadora ou outras máquinas afins. No dia a
dia, porém, o mais comum é as pessoas chegarem mentalmente ao resultado ou
estimar um valor aproximado. Mas na escola essas estratégias não são
valorizadas e a atenção ainda está no ensino da conta armada.
Durante muito tempo, se acreditou que
a economia de etapas e a rapidez na resolução de problemas fossem os objetivos
máximos a serem alcançados na disciplina de Matemática. Nesse sentido, ensinar
algoritmos para fazer contas parecia ser o mais indicado. Se por um lado o uso
de fórmulas permite organizar o raciocínio, registrá-lo, lê-lo e chegar à
resposta exata, por outro, fixa o aprendizado somente nessa estratégia e leva o
estudante a conhecer apenas uma prática cada vez menos usada e, pior, a
realizá-la de modo automático, sem entender exatamente o que está fazendo.
Já fazer contas de cabeça sempre foi
considerado uma prática inadequada. Porém, para saber quanto vai gastar na
cantina ou somar os pontos dos campeonatos esportivos, o estudante não usa o
algoritmo: sem lápis e papel, ele faz aproximações, decompõe e aproxima números
e alcança o resultado com bastante segurança. Além de ser um procedimento ágil,
ele permite à criança ser ativa e criativa na escolha dos caminhos para chegar
ao valor final.
Crianças que fazem pesquisa de preços,
guardam dinheiro para comprar uma revista e, principalmente, aquelas que ajudam
os pais no comércio "fazem" matemática muito antes de ouvir falar em
fórmulas e operações. O problema é que, na escola, se ensina a elas como
calcular desconsiderando totalmente o que já sabem.
"Há quem acredite que o
importante do cálculo mental é fazer a conta bem depressa, mas é bobagem querer
competir com a calculadora", diz Imenes. As vantagens são outras. Ao fazer
a conta de cabeça, o estudante percebe que há caminhos diversos na resolução de
um mesmo problema. É pelo cálculo mental que ele também aprende a realizar
estimativas (ler uma conta e imaginar um resultado aproximado) e percebe as
propriedades associativa (une dezena com dezena, unidade com unidade e assim
por diante) e de decomposição (nota que 10 = 5 +5, entre outras
possibilidades). Isso tudo sem precisar conhecer esses termos.
Sugestão de Atividade
O Boliche de números pode ser adaptado e desenvolvido na Educação Infantil e 1°, 2° 3° e 4° anos do ensino fundamental.
Boliche de Números
Procedimentos:
Formar 02 equipes mistas.
Cada
criança tem 02 chances para jogar e a cada acerto terá que indicar o número que
acertou.
A
cada número que cair iremos somar ou subtrair, a critério do professor.
Será
vencedora a equipe que mais acertar os números da garrafa
Após
o termino as crianças serão encaminhada
para sala de aula e fará o registro da brincadeira em forma de desenho livre.
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